domingo, 27 de setembro de 2009

antes da carne e do sangue


sobre o amor não é tão dificil de se falar. aonde não há para se enxergar, e há o que gera o ímpeto, nem se fala em idéias, imagine o raciocínio ou as vontades. as palavras, os sonhos, é tão antes disso...o amar profundo, sem olhos, pernas, coração, fala, pretexto. daonde que antes de nos criármos, quê destino é esse que já existe? e talheres para todos provarem dos amores profundos? tristeza pelos que amam pelas prateleiras com medo de cair. o conhecimento alivia e livra ainda mais do que já é, será e sempre foi, é uma sensação que não é mentira, mas parece. é como querer se livrar de um braço, de uma perna, é tanto que cortamos nossas orelhas num ato insano que não passa de uma verdade já intríscica, a orelha feto, homem ainda não formado, sai de mim o que está nas minhas entranhas! o que respira junto, o que devia ser eu e se separou antes, num lapso, na última girada da terra, na batida do meteoro, no grande incêndio, algo de improviso aconteceu e que desestabeleceu padrões. não se explica nem se sente, se sabe e pronto. mas por quê?

INOCÊNCIA (Iching)

O homem recebeu do céu uma natureza essencialmente boa, para guia-lo em todos os seus movimentos. Entregando-se a esse principio divino dentro de si, o homem alcança uma inocência incontaminada. Ela o conduz ao bem com certeza instintiva e livre de intenções ulteriores de recompensa ou vantagem. Essa certeza instintiva traz supremo sucesso e "favorece através da perseverança". Mas nem tudo o que é instintivo é também natural, nesse sentido mais elevado da palavra, mas somente o que é correto, aquilo que corresponde a vontade dos céus.
tudo brota e cresce e todos os seres recebem da atividade criadora da natureza a inocência infantil de seu estado original. Uma pessoa não pode perder o que verdadeiramente lhe pertence, nem mesmo se o joga fora. Assim sendo, não é necessário que se angustie. Deve cuidar somente de permanecer fiel a sua própria essência, e não dar ouvidos aos outros.

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